domingo, 29 de julho de 2012

De volta à velha ressaca moral..

Não basta beber, tem que encher muito a cara depois de um dia já de ressaca, sair com todos os colegas do serviço onde ainda havia algum respeito, falar abobrinhas como de praxe e tomar um tombo público perto do chefe. Aí eu me pergunto: QUAL A PORRA DO MEU PROBLEMA? PORQUEEEEEE? PORQUEEEEE HEIN? PORQUEEEEE SUA INFELIZ! Não deve ser cientificamente possível explicar qual a merda que acontece comigo e que me leva a fazer essas coisas e o pior é que o cosmo tentou me avisar que ia dar merda, desde o momento em que acordei, o zodíaco ja tava me enviando sinais de que eu deveria ficar em casa escondida debaixo de uma cama num porão secreto e enrolada numa coberta com uma cerca elétrica a prova de aliens em torno de mim. PORQUE EU NUNCA ESCUTO O COSMO? HEIN? HEIN? Talvez porque o cosmo mesmo não deva ser um substantivo próprio, na verdade, nem sei qual a definição de cosmo, mas deve ser um campo de energia com algum ser tomando conta e botando ordem, não acredito que o sistema de governo do cosmo seja baseado em anarquismo. Havia uma festa onde meu primo que tem uma banda muito boa ia cantar, fui convidada pelos meus amigos de trabalho pra comparecer e eu como sou maria palquinho, não perco um show do meu primo (Guilherme, da banda Nandilon e Guilherme - banda muito boa, mesmo que sertaneja. Ouçam se puderem!). Como toda festa de bairro distaaaaante onde não se sabe bem ao certo a qualidade da mesma, mas se tem uma ideia: péssima, eu no auge do meu alcoolismo adolescêntico, bebi muito e misturei várias coisas e quando isso acontece eu tenho que ativar meu recurso de perícia corporal no dia seguinte pra saber o que pode ter acontecido comigo já que minha memória é uma coisa que deus esqueceu de colocar na panela quando tava me criando. O dia seguinte é hoje e avaliando aos poucos descobri que o prejuízo foi grande. Tenho um tornozelo torcido, uns machucados aleatórios, uma dor no estômago do cacete e uma reputação abalada mais uma vez. Geralmente eu não costumo ter ressaca moral por eu ter adotado uma filosofia de vida que me ajudou muito a não me frustrar comigo mesma, eu resolvi nos últimos anos, não esperar mais nada de mim. Sério, isso pode parecer deprimente e triste e pode até gerar uma certa dó por parte de você pessoa alto confiante, certinha, fofinha, exemplo na sociedade que tem uma vida boa, regrada e não tem tatuagens ou dá vexames na festa, resumindo, você filho da puta que nunca é mal falado e não ouse ter dó da minha ÓTIMA adaptação de qualidade de vida, porque minha vida é ÓTIMA! Ressacas morais não são problemas pra mim por eu já ter feito quase tudo que uma pessoa dada a vexames pode fazer na vida, mas isso começa a se tornar um problema quando meus vexames entram em conflito com uma outra necessidade que eu tenho, a necessidade de ser querida (é, tenho lá minhas manias). eu PRECISO ser querida por todos, por isso eu sou tão prestativa e boa com as pessoas, eu quero que elas gostem de mim todo o tempo e que queiram minha presença e fiquem tristes quando eu não estou, se possível preciso que elas chorem e se lamentem pra sempre pela minha ausência, às vezes eu queria morrer por um dia pra ver quem tanto iria no meu velório e se meu velório teria que ser num campo aberto pra caber toda a população do vale do paraíba que iria estar presente. E por essa necessidade sugadora de falta de educação (porque eu não posso ser mal educada nunca se não alguém provavelmente vai parar de gostar de mim) eu especificamente hoje estou com uma ressaca moral monstruosa, como é que eu caio na frente de todo mundo? Sério, não dá pra entender. Eu não ligo de cair em alguma valeta, de subir em palcos ou de entrar no mar de madrugada, tirar a roupa e sair correndo pra de trás de um coqueiro pra torcer o vestido roxo molhado, eu realmente não ligaria se isso acontecesse um dia comigo (porque nunca aconteceu), mas levar um tombo perto do chefe é um pouco frustrante, fico imaginando os horrores que as pessoas não devem estar pensando sobre mim nesse momento e o pior, fico imaginando a minha popularidade boa em baixa e minha rotulação de má companhia, não sou mais tão querida! Preciso urgentemente criar algum inciso na minha legislação de auto degradação e falta de fé em mim que conste um novo artigo com uma pauta destinada às situações que podem ocorrer perto de colegas de trabalho e de chefe, porque como até pouco tempo eu era vagabundinha e não trabalhava, esqueci de pensar sobre essa ocasião horrenda que por ventura poderia vir a ocorrer e veio. Veio e me deixou com a cara no chão, literalmente. Até agora, a unica coisa que eu posso alegar é meu velho e bom ditado que rege minha vida: Não lembro, não fiz! E eu, pessoa nada adepta ao sadomasoquismo vou tratar de esquecer esse episódio de uma vez e torcer pra algum odiado do zodíaco tenha pisado no rabo do cachorrinho de Jesus e tenha causado muito mais que eu. Assim espero, sem mais comédias trágicas por hoje e que não venham as próximas. 

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