sexta-feira, 29 de junho de 2012

Quando a dor não mais te corta (Uma nota para Ana)



Estranho mesmo é ver tanta dor, tanto ressentimento, tanto angústia, tanto ardor nos olhos de outrem. Funciona mais ou menos assim com o amor, ou você tem ou não tem, e quando você tem demasiadamente esse mesmo que não seja o próprio, você conseqüentemente alimenta um possível futuro rancor que ainda não chegou, mas chegará e será tão brutal quanto o ópio. É fatídico o tal, tão fatal e tão normal, que foge do real, te condiciona ao estado irracional, em segundos te transforma em imortal e logo em seguida te rasga num corte frontal e exposto, desses que dá tamanho desgosto que traumatiza, passa dia e dia e sua dor não ameniza, só piora e você implora pra que ela vá embora.
Um dia vai, e você pensa que estranho mesmo é ver tanta dor nos olhos de outrem, essa mesma dor que já muito sentiu e que hoje não mais tem. No lugar apenas um “porém” de dúvida questionadora: Então não sou mais refém?
Vem, sente esse alívio pequena, que como diziam outros, desespero nunca resolveu problema!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Barbarizando (Uma lembrança de Ana)



Silêncio na capitais,
a noite dorme um sono de menina, a menina vive uma vida de mulher.
Está séria, contando os dias, prevendo os passos, não olhando para trás.
Está só na avenida, com esse tanto de gente envolvida, porque ela é samba, toda inteira, loura, descabela, louca me trazendo, incrivelmente, uma singela paz.
E essa menina me tirou do sério, me deu dores no peito, me fez pensar, errar e acertar.
Já lhe contei que ela samba!? Samba e sonha, sonha em ser feliz, como todos nós mortais.
Mas, bah! A esse planeta, essa moça quizás pertence, ela veio só me contar.
As vezes me surpreende com ideias tais... as vezes complica com fazeres pouco geniais.
 E depois acerta, e erra outra vez, e ri do erro, ou chora, talvez.
Ela se desespera, mas sabe enganar a dor, sabe contornar as pedras, superar os medos e entender o amor, mas essa menina não se entrega, não se estraga, esquece e bebe, e canta canções e com os braços me protege, capa invisível contra a dor, impossível de conjugar, ela surpreende a quem por aqueles olhos castanhos se deixa embalar.
E ela me ensina letras e sons, e eu faço poemas, vivo dilemas e outras canções, sobre ela, sobre a vida, que sem rima, sobrevive a todos os tropeços.
Com tudo que passamos, o que seu, esta aqui, jamais me esquecerei de ti.
E peço, moça:
Nunca se esqueça de mim.
Pois no fundo eu sempre soube, que seu destino é caminhar assim...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Sonho Numa Noite de Verão


Tarde da noite, lua intacta e redonda no centro de alguma constelação. Sua luz iluminando a casa inteira, todas as árvores balançando e emitindo um som um tanto grotesco que trazia aquele frio na barriga provindo de um medinho gostoso de sentir, e lá estava ela mais uma vez.
Gostava da brisa tocando seu rosto levemente e para ser perfeito, bastava aquele cheiro de chuva ou terra molhada, contanto que houvesse aquele cheiro, aquele único e inconfundível cheiro. Observava a lua, as estrelas, as gotas caindo, as árvores dançando com o vento, o momento em si e pensava no livro que poderia escrever sobre aquele instante tão simples e tão fascinante. Pensava que nas copas das inúmeras árvores, entre os musgos e os caracóis, havia alguma portinha milimétrica que escondia um reino imenso de criaturas sábias e inexploradas que alguns acreditam existir, outros dão risadas irônicas ao discutir.
Indefesa, sua única fuga era a imaginação. Imaginava milhares de situações diferentes das quais não teria coragem de realizar então deixava que seus pensamentos se encarregassem de tornar real ao menos em sonho cada vontade embutida em sua cabecinha.
Cantava, sorria e dançava, vivia repleta de luz e música, não saberia viver sem alguma bela melodia. As letras tão sonoras e as canções tão bem elaboradas a embalavam num ritmo único e belo de fazer inveja, tratava-se de uma conexão extrema e diferente. A música era seu oxigênio mais puro e cada verso era uma respiração profunda.
Era solitária, mas sua solidão a dava tamanha inspiração que poderia transformar uma gota de orvalho de uma folhinha furada num grande lago de vitórias régias, e como num passe de mágica, reproduzia e assimilava essa imagem de orvalho num quadro de Monet. 
Todos a julgavam uma alienada, mas mal sabiam o quanto essa guria sabia apreciar cada precioso momento de sua vida inventada. 

Sabe o que é bom mesmo?


Bom mesmo é sentir o vento bagunçar seu cabelo, roçar sua pele, e não deixar aquele sorriso estático de velocidade à mil sair do rosto. Bom mesmo é não deixar esse sorriso sair do rosto mesmo parada, sem vento. Bom mesmo é sempre sorrir.


Marisa Monte - Gerânio

sábado, 23 de junho de 2012

Há bullyings que vêm pra o bem!



Em meio a mais um desses meus vícios momentâneos e assustadores, (no caso um blog bem psicótico e de sucesso, que diz muito sobre mim) tive um lapso de esperteza! Coisa muuuito, mais MUITO rara de acontecer, já que desde que me conheço por leguminosa, sou movida pela lerdeza nata. Percebi que ser estranha e sofrer um pouco de bullying por ser estranha não faz tão mal pro psicológico doentio e psicopata que tem sede de vingança, esquarteja pessoas avoadas e tem vontade de misturar leite com catchup e cenoura... Não!!!! Muito pelo contrário (não se atreva a fazer aquela piadinha que aquele seu tio esquizofrênico sempre faz de passar a mão nos pelos do braço em sentido oposto, nós não queremos isso pra você), ter sua estranhisse exposta em público para todos, veja bem, TODOS verem e ouvirem, faz com que você tome atitudes radicais e Ó-T-I-M-A-S na sua vida. Por exemplo, quando você passa seu ensino fundamental e ensino médio sendo sacaneada pelos seus amáveis coleguinhas, você consequentemente (como pessoa madura e sensata que você é), tende a fazer pior com seu coleguinha amável. Se ele gruda chiclete no seu cabelo, você pega o lixo e joga na mochila arrumadinha do capeta dos inferno que não te deixa em paz, mas isso só acontece quando você nasceu forte e grande e aí tem saúde o suficiente pra vingança, porque se você nasceu mirradinho, usa óculos e tem os braços tortos, seu destino já está escrito, você com certeza irá dormir no armário, beber água da privada, ser afundado no latão de lixo ou tomar cuecões. Mas essas observações são totalmente baseadas em fatos irreais de todo mundo odeia o chris e filmes americanos e, NÃO, eu não me refiro à maria juana enrolada num jornal 3D. A verdade é que no meu ensino médio eu era a canastrona fdp que sacaneava meus amiguinhos, tá certo que eu era muito mais sacaneada do que sacaneava, mas de tanto roubarem minha bombinha de asma e me fazerem de bobinha no patio do colégio com a porra da minha bombinha incompetente, eu tive que compensar em alguém, e eu compensei. Essas coisas funcionam como a cadeia alimentar da vida com aquela teoria de Capra que você já sabe, por isso eu não preciso repetí-la para você pessoa inteligente, e a de Darwin também, (a diferença é que no ensino médio realmente não há qualquer evolução de espécie, a pessoa sai linda, inteligente e "número um" da classe do ensino fundamental pra se tornar um alcoólatra, idiota que faz trocadilhos tão babacas quanto a própria cara e passa de ano apanhando de chicotes de aço e fagulha com espinhos de fogo nas costas, com o capeta vermelho e chifrudo te açoitando e é nessa hora que algumas leguminosas percebem que cansaram de fazer fotossíntese, resolvem evoluir, se desprender da cambada de flagelado orangotango semi-analfabeto que fica para trás e começa a ser mais inteligente, apreciar mais cultura e ler mais sobre tudo e é nesse momento que começa o bullying da "estranhisse" citada no começo do enredo.. Quando você deixa sua manada pra evoluir mentalmente e acaba se tornando superiormente superior aos orangotangos que eram seus semelhantes e começa a exercitar o hábito da escrita, escreve bobagem pra caralho, mas tá escrevendo, tá exercitando, tá aprendendo e consequentemente também tá melhorando enquanto os orangotangos flagelados que congelaram no tempo, vêem sua evolução e começam a te criticar, te bullynar e expor sua estranhisse toda que não passa de um pouco de cultura acoplada à conhecimento que você divulga pra quem sabe dar sorte, e fazer sucesso sendo apenas você e sua estranhisse. Você cresce, aprende e amadurece e acontece o que eu disse, há bullyings que vêm pra o bem!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Reflexão Crua

Dia desses olhando o mar, estive pensando sobre a vida e como as coisas tendem a fluir quando acabamos por tomar novas e sábias decisões sobre como agir daqui pra frente, sem mais aquele dilema cansativo e triste de passado. Por um tempo andei sem escrúpulos, acho que talvez devido àquela minha falta de objetivo vinculada à minha não vontade de viver, ser, estar e aprender; Cheguei até a pensar que aquele martírio jamais passaria, engano meu, apenas mudou de nome, mas para minha surpresa, cá estou eu mais uma vez de pé, firme e forte, novinha em folha. As quedas são cada vez mais constantes, mal posso me lembrar quantos tombos deveras tomei, quanto menos guardar rancor das demasiadas decepções que já sofri,  mas sobrevivi e creio fielmente naquela velha e boa filosofia de que o que  não me mata, me fortalece. Ei de me levantar de cabeça erguida a cada temporada sombria com a qual me deparar, afinal, mesmo com todos esses encontros e despedidas eu sempre soube respirar sozinha.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Não tão bárbara assim..

Sabe, por esses dias andei pensando muito sobre minha vida. Na verdade, desde que eu nasci eu penso muito sobre minha vida e se for parar pra pensar sobre o pensamento, passei minha vida pensando sobre minha vida, mas isso não vem ao caso, todas essas vidas incumbidas em três linhas rascunhadas serviram apenas de introdução para o que realmente interessa: Eu! (e minha vida).
Às vezes penso que tenho um pequeno lapso de egocentrismo guardado na pontinha do meu lindo fio de cabelo e que muuuito de vez em quando toma conta de mim, mas é tudo ilusão! A verdade é que eu sou a pessoa mais egocêntrica que eu conheço e olha que eu conheço muitas pessoas com o ego no céu por esses bares da vida, mas como o texto é meu e sobre mim, não prolongarei mais detalhes sobre esses outros egocêntricos, até porque no fato em questão, eu sou a estrela principal (eu sou uma estrela de luz...)
Olha, funciona mais ou menos assim: Meus olhos (lindos olhos amendoados) captam uma mensagem à distância (quando não os lindos olhos, os ouvidos não tão lindos assim se dão tal trabalho) e numa fração de milésimos, acompanhando a velocidade da luz, enviam uma mensagem subliminar para o meu cérebro (não tão inteligente assim) que como um pedágio desses que ficam no meio do tráfego rápido, dá uma decodificadinha básica, acrescenta alguns tustões e reenvia a mensagem para minha boca que a perpassa para a língua (grande língua desde que começou a convivência constante com Miguelito) e então começa a desgraça, inicia-se o show de horrores e a onda futura de arrependimentos contínuos. É assim que minha sinceridade atual e desvairada acomete as pobres pessoas (não tão pobres assim) que estão em torno e são fisgadas pela minha grande língua (culpa de miguelito) repleta de sinceridades. Não tenho mais modos, perdi a noção das coisas, sou expert em falar baboseiras verdadeiras demais e me arrepender logo depois, sorte que o orgulho não é tao infinito e desvairado quanto a tal sinceridade e depois das rápidas alfinetadas cheias de verdades que ninguém mais ousa dizer, vem aquele “ops, desculpa, foi sem querer..” (na verdade não foi sem querer, foi sem pensar em repensar, porque eu penso e solto a bucha sem antes repensar se devo) Ainda estou só nas alfinetadas, nada de roubar vasos em cemitérios e passar vergonha,  né mesmo Ésper?

    

terça-feira, 19 de junho de 2012

A pedra no meio do caminho, a mosca que pousou na sopa.


Se imaginem numa sociedade feliz e contente, onde todos respeitam todas as regras, onde os relacionamentos são perfeitos e duram pra todo o sempre, onde os homens não têm cuecas freadas e não coçam o saco pra depois acariciam seu cabelo recém lavado. Se imaginaram? Nem eu.
Primeiro que se numa sociedade, todos -sem restrições- respeitassem todas as regras impostas por alguém, voltaríamos aos tempos monárquicos e não saberíamos o que é uma sociedade; Segundo que os relacionamentos em seu sentido literal quase não existem hoje em dia, o que muito se vê por aí, são pessoas que se enfatizam donos umas das outras e pedem permissão entre si pra viver, ou então aqueles "casais" se amando tanto nos braços de qualquer popozuda ou gogoboy de baile funk enquanto "estão jogando bilhar com o pai" ou "assistindo um filme com as amigas"

(Ah, que isso, eles estão descontrolados...)

Pois bem, eu poderia parar meu argumento inútil sobre sociedade idealizada por aqui, mas como o tédio me pegou de jeito, vou dar procedência à ocasião, sem dó nem piedade! Continuemos...
Por injúria dos destinos e complô negativo de todos os cosmos existentes no espaço sideral, tenho um irmão mais velho (por isso citei as cuecas freadas e as mãos empentelhadas nos cabelos recém lavados), e ter um irmão mais velho consequentemente inviabiliza qualquer pensamento que seja sobre qualquer tipo de idealização, ainda mais se o pensamento for sobre uma sociedade idealizada. Na verdade, o problema não é ter um irmão mais velho, o grande apocalipse da coisa, é ter o MEU irmão mais velho... Pensa num cara à beira dos trinta que vive no seu pé, te sacaneia sem dó, acaba com sua moral e reputação (que já não é das melhores) e pensa ser seu irmão mais novo na babaquisse e seu pai na autoridade (pfffffff).. Se eu deixar, ele vive sustentado por mim- poisé, isso sem mencionar a loucura contínua e totalmente sem noção que corre naquelas veias com sangue que poderia não ser do mesmo do meu (ainda acredito naquela minha teoria de que ele foi deixado pela Nazaré Tedesco em algum lixão enrolado num saco preto). Pois bem, para que existisse uma sociedade exemplo, o primeiro passo a ser dado seria extinguir meu irmão da mesma, ai sim poderíamos iniciar uma proza objetivando algum plano celestial, com ajuda divina para varrer a sujeira da sociedade lá pra baixo, mas nesse plano provavelmente eu seria varrida também, então poderíamos abordar outro qualquer em que eu ficasse por aqui mesmo (tenho horror a calor e imagino que o inferno não seja o Polo Norte). Certamente seria um plano envolvendo muitos detetives, deuses, serial killers entre outros integrantes de séries e uma fiscal de meio ambiente pra botar ordem na coisa, sacomé né, botar ordem é comigo mesmo!
Tudo o que eu sei é que há um enorme problema com essa sociedade de agora e que a vivência tá chucra demais nesse plano. Tá cada vez mais down the high society  e pelo jeito desde a época da Elis!

Um adorável e válido "Ctrl c" "Ctrl v" em Natália Klein.


"Já faz quase três anos", ele disse, num tom simpático. "Não é possível que você ainda tenha raiva de mim!"

"Bom...", tentei contra-argumentar, "não é que eu não goste de você... mas odiar é uma palavra forte, você não acha?"
"Como assim, eu não falei odiar."
Prossegui, sem prestar muita atenção no que ele dizia: "Ninguém aqui tá falando de nojo. Eu não sinto ânsia de vômito toda vez que alguém menciona seu nome numa conversa de bar."
"Quê?"
"Não é que eu olhe pra você e queira socar essa sua cara estranha e desproporcional até ela ficar ainda mais estranha e desproporcional, se é que isso é possível. Quer dizer, eu disse em algum momento que sentia vontade de cuspir em cima de você? Calma aí, né?! Vamos ser sensatos. Não é como se eu desejasse que seu corpo entrasse em algum tipo de combustão interna e você explodisse e começasse a pegar fogo do nada. E depois você ficasse correndo de um lado pro outro, em chamas, urrando de dor, feito um demente dos infernos, que de fato você é. Seu demente dos infernos."
Ele ficou mudo.
Eu sorri e dei dois tapinhas em seu ombro, como quem diz "desejo tudo de melhor pra sua vida". Vocês sabem, não sou de guardar rancor.



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sutil "Amanhã"

Deixar uma vida pra trás, começar uma nova jornada. Esquecer antigos amores, ardores e tudo que um dia já se fez parte de mim. Comigo, além de algumas fotografias felizes, levarei apenas as lembranças de amigos. Dos poucos e bons que ainda cultivo. Me desgarrei, me machuquei como nenhuma outra teria sentido, me fiz em cacos, me reconstruí, amenizei minha imensa dor deveras vezes erroneamente e hoje estou aqui, como num desses milagres de tragédias gregas. Tenho pesadelos ao adormecer e no alívio do acordar me sinto viva novamente, mesmo depois de tantos erros e tristes devaneios, mesmo com todas as escolhas doloridas e os variados riscos que por ventura vivo correndo. Estou aqui, me sinto aqui , até que pra minha tristeza e pro meu alívio, aquela sutileza amarga do amanhã retorna e me recordo que já não mais existe um ''aqui''.

domingo, 17 de junho de 2012

Outro relato não tão breve assim..

Quando chega aquele momento da desinspiração e falta de imaginação acompanhados por aquela perguntinha astuta e sem escrúpulos que insiste em aparecer:"O que blogar hoje?" que só perde em sua inconveniência para aquela outra pergunta assustadora que arregala os nossos olhos: "Puta merda, o que eu fiz ontem?". Eu até escreveria sobre o que eu fiz ontem, ou anti ontem, ou anti anti ontem, ou ainda anti anti anti ontem se eu lembrasse o que eu fiz nessas duas últimas semanas de festas contínuas, mas, tudo que eu sei é que tenho 8 garrafas de vidro de inúmeras bebidas alcoólicas acumulando num canto inóspito da minha casa e uma séria e grave perda de memória constante. Minha vida frenética de bagunça ta demorando pra passar, talvez eu volte a ser responsável nessa semana que entra (se é que eu já fui responsa na minha vida, aí eu não voltaria, eu começaria) talvez eu continue na porra louquice sem paradas, aliás, acabei de ter um flash de memória com a palavra porra louquice, me lembrei que ontem um camarada me chamou de porra louca ao extremo e eu nessa minha constante mania perturbadora de auto degradação onde sou sempre a primeira a acabar com minha moral e reputação que já são bem restritas por assim dizer, emendei na conversa e me xinguei de mais algumas coisas. Talvez eu precise de algumas consultas com um psiquiatra dos bons porque bons da cabeça não se detonam assim, com prazer, isso porque eu me amo e deixo claro pra todos meu enorme amor doentio por mim mesma. Nesse momento, meu estado físico e emocional de ressaca acumulada acoplada com a maquiagem seca de ontem ainda no rosto, o cabelo com aquele meu nó que eu ainda vou patentear e uma camiseta linda dessas velhas e rasgadas do irmão mais velho, não me deixam ter ressaca moral, eu raramente tenho essa praga hoje em dia, esse é o bom de aceitar sua vida fracassada e de inúmeros vexames, não me preocupo mais com o que eu fiz ontem, aliás, acabei de me auto degradar mais uma vez. Além de ir trabalhar vendo o mundo girar, fazer aula prática vendo o mundo girar, sair girando com o mundo, eu também virei zumbi. Não durmo mais porque penso que se eu dormir, vou perder alguma coisa muito legal e penso que quando eu morrer eu vou dormir pra sempre, minha saúde não anda muito contente comigo não, aliás, nem minha saúde, nem as pessoas que tem o enorme azar de passar por mim quando já bebi umas 6 e meu subconsciente começa a falar sem parar (maldito subconsciente verdadeiro que só fala asneiras), e nem eu que gastei meu salário inteiro não sei com o que e ainda quero mais festas. Deveria existir uma terceira semana de festa nomeada "Semana da ressaca" onde haveriam sons , bebidas e tudo que já teve nessas duas ultimas, só que com outro nome e por mais uma semana. Acho que preciso de um banho porque minha pele já enrugou por uns quatro anos só nesses ultimos dias, eu andei reutilizando minha maquiagem, é meio nojento pensar que fui trabalhar com maquiagem da noitada anterior, mas na hora parecia ser super fácil e normal, me baseei nos franceses pra fazer isso, eles são elegantes, chiquérrimos e não tomam banho, é tudo uma questão de elegância da parte deles, da minha é uma questão de porquisse e preguiça mesmo, mas vamos fingir que eu sou chiquérrima também, ok? Pra quem acordou nesse estado de gente que dormiu de baixo da ponte e sem nenhuma memória recente das duas ultimas semanas, eu até que escrevi bastante, é bom exercitar a escrita, porque do jeito que eu vivo na regressão, não é de se abusar que eu vire analfabeta. Fui.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Breve relato sobre e tal porra-louquice contínua.

"Não lembro, não fiz!"
Tá pra nascer frase melhor encaixada nessa vida desventurada e mau falada. A verdade é que resolvi chutar o balde, lamber o chão e botar pra quebrar. Aceitei minha trilha sonora "é tenso" e decidi me embalar de corpo, copo e alma na melodia resenha de vida.
Já mencionei o fato de eu também encarnar pomba-gira e pensar que sou uma serial killer?

Com pitadas de nostalgia...

Bom mesmo é reencontrar velhos amigos e brindar ao futuro que sempre esperamos e que de repente virou presente. Apesar dos desencontros, são os encontros que ficam na memória e no coração, são esses brindes ao acaso que se fazem eternos, são as canções, as bebidas e os sorrisos que tornam um momento especial. Hoje somos grandes, de alma e coração, deixamos os tempos de crianças pra trás e cá estamos, prontos para uma vida longa e plena! Um brinde à esses encontros e desencontros com pitadas de nostalgia.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Instabilidade

Os astros, cosmos, divindade superior, magnitude suprema, Deus, diabo e tempo me moldam e me enganam com caminhos tortos tão freqüentemente que o certo se faz errado e o errado se faz certo simultaneamente e "zona" chega a ser apelido carinhoso para o que se passa por aqui. Mente minha mente para mim, a cada mentira me engano mais uma vez e me perco novamente...

domingo, 10 de junho de 2012

Comédia Trágica

Mudei meu cabelo, deixei velhos hábitos e botei pra quebrar. Cambaleei sem dó nem prazer e em meio ao notório desprazer gargalhei de tanto chorar. Andei nas margens do perigo e trançando as pernas com passadas de embriaguez me fiz de abrigo para todo e qualquer ressoar. Entre dois ou mais porres, e nenhum coração me deixei levar pelas ondas do mar que embalaram-me numa eterna valsa da desilusão e por fim,  fui-me no mais tardar.

Barbarizar-te-á


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Trégua

Dor já não mais sinto. Penso que ha um equilíbrio divino de recompensa onde os que muito sofreram se encontram em algum momento com um estado de alivio e paz profunda e talvez ate um pouco de alegria... Ando desfrutando ao máximo desse meu presente!

Engolindo a seco.

E quem foi que disse que seria fácil? Na verdade, todos me disseram desde o princípio que seria fácil, me enganaram com uma ideia ilusória de simplicidade e eu, tola e ingênua como de costume, acreditei que levaria tudo na manha, colocaria em prática minhas desventuras no ramo e o mais importante, aprenderia na pática o que não me foi ensinado em três anos de tédio contínuo e revoltas inúmeras. Doce ilusão! Essa sede que agora me consome e que antes nunca se manifestara de desejo de aprendizagem se esvai na eterna seca de ensinamento que muito se vê por essas bandas, dizem que o conhecimento é a chave de tudo, pobre de mim, viverei trancafiada num porão imerso em deveras portas sem fechadura. Pobre de mim, deixando inúmeras outras oportunidades se deformarem num céu de nuvens sonhadoras e planos inatingidos com a insistência continua numa esperança de que o mundo gira. Pobre de mim...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Contente


Me contento em ver dores sendo curadas, corações reconstruídos e paixões antes sem sentido, tomando rumo de vida mudada. Me deixa contente pensar que toda a escuridão punidora de coração despreparado e desesperado, um dia morre, acaba e se torna elucidada, abrindo um clarão de flores e músicas, de alegrias e cores, de paixões e novos amores. Por enquanto me contenta ver outras caras escancaradas de alegria estampada, e ponho assim um eterno fim em toda a tristeza em mim soterrada.