quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Porque competitividade é pra poucos!

Não sou competitiva, só vejo o mundo dos jogos com olhos diferentes do resto do mundo. Eles ficam com um tipo esbugalhado e brilhante, com raios maquiavélicos escrito: VITÓRIA, VITÓRIA, VITÓRIA, nada mais que isso, super normal! Pra começar, dependendo de quem burramente se aventura ao querer se auto intitular um loser e me desafia na jogatina, eu automaticamente já ajo com descaso e vou na base do café com leite, porque eu sei, você sabe, meus cachorros sabem, meus amigos sabem (apenas os imaginários), o cosmo sabe que eu vou ganhar sem fazer qualquer esforço, é sempre assim, eu sempre ganho. Contente-se em perder pra mim. Com esse frequente sentimento de winner que desenvolvi desde que jogava "lince" com 6 anos, também fui obrigada a desenvolver uma certa humildade e habilidade psicológica (Muhaha...) para utilizar com meus pobres concorrentes, sempre fui dada (não no sentido literal) a ser legal com meus desafiadores, como por exemplo quando eu jogava banco imobiliário TODOS OS DIAS com meu primo de tarde até a noite, além do fato dele ir à falência nos primeiros vinte minutos de jogo, eu também fazia como os créditos dos bancos de hoje em dia, (eu poderia até criar um apelido pra mim de Bárbara do Brasil, ou Banesbara) tirava até o último real do coitado, além de todas as propriedades e ainda deixava que ele me devesse só pelo prazer de continuar vendo o sofrimento de pobreza nos olhos do pobre falido coitado que uma vez chegou a me dever 24 mil reais (equivalentes a todas as notas de 500 do jogo), pelo meu tédio frequente. Uma partida de 20 minutos se estendia por 1 hora até que ele desistisse de vez ou eu cansasse de tanta pobreza na minha frente. Na verdade, essa minha atitude servia de incentivo para a  esperança ao garoto, eu estava naquele momento agindo com cidadania e bom coração e dando uma nova oportunidade de o pobre rapaz se recuperar financeiramente e talvez dever menos ou conseguir comprar alguma propriedade como o Botafogo, por exemplo que custava uns 2 mil. Mas infelizmente meu primo não tinha tino para negócio e acabava se afundando cada vez mais, até que o cansaço apertasse, o tédio de ganhar muito dinheiro chegasse e as lágrimas no olhinho do rapaz devedor começassem. Fui um exemplo de humanidade e incentivo por muito tempo. Também tive meus momentos de glória com o bilhar, quando eu passava madrugadas a fio jogando e fiquei profissa no assunto, ou meus devaneios no detetive quando eu sempre sabia que a assassina na verdade era a Srtª Rosa no Hall com uma corda (mulher demoníaca com cara de biscate. Sim, porque se eu bem me lembro, num jogo para criança de 9 anos havia essa talzinha que além de secretária gostosona, também tinha os peitos quase pra fora num vestido vermelho cor de sangue que já dava a dica do assassinato e um batom chiquérrimo que na época eu consideraria de puta, mas que agora eu acho super válido. Não, não sou puta). Como garota rodada que sou NOS JOGOS (não sexuais, apenas inofensivos), perpassei por muitas mesas de truco até os níveis mais baixos de baralho: tapão (que aliás, eu era rapidíssima também), entretanto, como todo mundo do universo, até como os extraterrestres, eu sempre tive um dom especial para uma certa coisa, enquanto os extraterrestres são excepcionais em fazer sudoku e palavras cruzadas em 0,005 centésimos de segundos, eu na mesma proporção de tempo, completo todas as lacunas de um jogo super importante pra humanidade que tem funções super válidas envolvendo questões educacionais: o STOP! Sério, não querendo me gabar porque eu nunca faria uma coisa dessas, muito menos nessa postagem inteira, (tipo.. nunca!) eu sou um espetáculo no stop, enquanto os seres leguminosos e mal passados com cara de repolho azedo, que jogam comigo ainda estão na fruta, eu já com toda a classe em mim embutida gritei horrendamente STOP por três vezes. Sofri muito bullying na escola por conta disso, quando meus coleguinhas problematicuzinhos e babacas se reuniam pra jogar stop no fim da aula, eu nunca era chamada e se eu mesma me convidasse pra jogar, eles (num ato de humanidade) paravam de jogar na hora e se retiravam. Foi uma época difícil de constantes vitórias e humilhações alheias na minha vida, vou me lembrar PRA SEMPRE das caras de espanto e desespero a cada grito de STOP que eu dava, rindo por dentro dos seres inferiores que se encontravam me desafiando Muhahahahha. Não é que eu seja competitiva, nunca fui! Tudo não passa de uma questão celestial, uma missão a mim enviada pelos céus. Minha missão no mundo sempre foi incentivar os mais losersinhos e ensiná-los o que é perseverança, além também de incentivá-los, claro,  a sempre continuar tentando mesmo com as INCONTÁVEIS derrotas frequentes para mim, e eu juro que não me importo com toda essa bondade em mim inserida pelos céus, eu acredito que se algo foi a ti destinado, você deve abraçá-lo com toda a boa vontade do mundo e caminhar corretamente em direção ao destino que lhe foi dado. Lá em cima o pessoal deve estar super contente com meu exemplar comportamento e compromisso com a obrigação que me foi dada, faço tudo isso com muito amor e carinho e claro, é TUDO POR VOCÊS, sempre. Graças a mim e minhas habilidades excepcionais com os jogos, vocês aprenderão a ser persistentes e esperançosos e nem precisam me agradecer e me pagar por isso (só se fizerem questão). Eu aceitei meu caminho de braços abertos e jogarei muuuuitos jogos com vocês ainda (Muhahahaha), porque vocês sabem né, competitividade e novos desafios são pra poucos!
Até a próxima partida, fui. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário