sábado, 30 de agosto de 2014

Dos pré-conceitos com as branquelas azedas.

Daí que agora eu vou de táxi van, você sabe,  para a universidade e aparentemente sou detestada no recinto. Fiz alguma coisa pros coleguinhas? Não, mas assumo que tenho cara de gente chata, só pode. Tenho dinheiro? Não, vivo devendo.. mas provavelmente essa cara de branquela azeda disse o contrário pro "motô sangue bom" que me chamou de madame no primeiro encontro até a universidade. 
Então você está me dizendo que não está conseguindo fazer um social num ambiente fechado e pequeno com as mesmas pessoas grudadas todos os dias? Exato. E porque disso? Bom.. Provavelmente PORQUE ESSE PUTOS ESTÃO DE MAL COM A VIDA E NÃO CONSEGUEM LIDAR COM NOVOS RELACIONAMENTOS COM PESSOAS QUE SE ESFORÇAM PARA SER AGRADÁVEIS E AMÁVEIS COM TODOS  POR PROBLEMAS PSICOLÓGICOS. Isso mesmo, problemas psicológicos e de vida, COMPREENSÍVEL! 
Eis que no primeiro dia na nova universidade, estava eu adiantada e distraída no ponto, tranquila, curtindo aquela brisa, esperando por um ônibus, observando as árvores e sentindo o amor existente no universo percorrendo meu corpo, quando uma van parou, me gritou e me mandou entrar. Não questionei, (mentira), questionei bem pouco, mas entrei tão assustada e acelerada que acabei esquecendo meu casaquinho preferido no ponto, o que me deixou triste e me fez esquecer de fechar a porta da van, o que aparentemente te define como madame e vai contra as regras de trânsito nessa cidade pequena, pacata e com déficit de amor ao próximo. Fim de aula + estacionamento lotado de vans iguais + pessoa distraída = Bárbara perdida e atrasando todos para ir embora, foi por uns cinco minutos, juro, mas foi o suficiente pro "motô gente boa" me mandar um: "entra logo na van, menina" bem alto no pé do ouvido. Romântico, não? 
No segundo dia, na intenção de querer me privar de outras gafes e aborrecimentos, fiz uso do medicinal relaxante fitoterápico sqn, e fui cantarolando até o ponto, sentindo o amor do universo percorrer minhas veias quando me deparei com novos integrantes os quais eu já passei o rodo  conhecia de outros tempos, do meu lado. Fingi sono porque né, o medicamento é forte e a lesa é grande. Tão grande que na hora de sair da van fiz o quê? Tropecei e quase caí um tombo épico na frente daqueles que me desgostam e outros que já me gostaram. Na tentativa de equilíbrio pra evitar a queda, saí correndo claro! Atitude mais sensata que sair correndo da van após quase cair na frente de um público assim com certeza não existe, o problema só foi eu ter esquecido a maldita porta da van aberta de novo e levar uns esporros orais de quem eu nem conhecia. MAIS QUE CARALHO, NÃO  VAI CAIR A MÃO SE ALGUÉM FOR GENTIL E FECHAR A PORTA DE VEZ EM QUANDO, no caso, de vezes em quando.. 
Posso ter cara de branquela azeda, mas educação não me falta e muito menos vontade de reconciliação com quem eu nem conheço mas já possuo conflitos, e lá fui eu pedir uma grande e elaborada desculpa pra colega por ter deixado a porra da porta capirota da van aberta. Linda atitude da minha parte, só não foi tão eficiente porque acabei pedindo desculpa pra mocinha errada, mas né.. Quem nunca? O que vale é a intenção.
Outro dia se passou, eu novamente no ponto sem sentir tanto aquele amor do universo e a van passa rapidamente por mim sem parar, quase me deixando pra trás... 
Olha amadinhos, assim não dá. Eu desisto e quero que vocês sejam muito felizes sem me amar mesmo, mas antes de serem muito felizes e terem uma bela vida, também espero que vocês encontrem VÁRIAS PORTAS DE VANS ABERTAS POR AÍ, manés.