quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Porquê, hein?

Não gosto de ser corrigida. Acho de uma petulância exaustiva aqueles bombardeios insignificantes e sem sentido que as pessoas cismam em ter para com a minha pessoa quando, atrevidamente, insistem em dizer que seria melhor se eu colocasse uma preposiçãozinha aqui, ou um advérbiozinho ali (vou dizer aonde seria  ideal enfiarem essas preposiçõezinhas!). Até acato porque nasci da paz, mas quando o caboclinho pensa ser o próprio Aurélio em pessoa e não se contenta nunca, ah.. aí o bicho pega! Se eu quisesse palpite, eu iria morar em uma novela de época global, até porque se palpite fosse bom, ninguém se atreveria a sair distribuindo por aí. Odeio palpites, minha gramática e eu nos damos muito bem! Por um acaso alguém já me viu por aí metendo o bedelho nas contas matemáticas ou pregando sermões sobre qual é a capital da Dinamarca? Patifaria! É uma tremenda patifaria eu desgastar por minutos à fio o meu célebre intelecto, pra no fim vir um fubanguinho que fala errado e corrigir minha minuciosa escrita. Acho sinceramente um absurdo. Quero ver o dia em que eu pegar um vocabulário grande, de madeira e em chamas e colar como zap na testa de uns e outros. Ou em outros orifícios também... Não me restrinjo só à testa! 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Singing in the rain..

Pode vir pajé fazer aquelas dancinhas macabras, cacique invocar os ancestrais chuvosos, wicca tentar ministrar os poderes da natureza,  que não vai adiantar, não vai chover de jeito nenhum. Ninguém sabe, mas a verdade é que São Pedro tá com infecção de urina, e por conta disso estamos sob essa seca dos infernos que faz a garganta arranhar, a asma agravar e a tosse secar. Ontem mesmo, numa tentativa falha de cuspir, acabei assoviando. De certo a mãe natureza tá puta com a nossa conduta irregular e resolveu dar uma liçãozinha nesses filhos de uma dama que por ventura realiza desejos extra conjugais remunerados. PORQUE DESCONTAR EM TODO MUNDO, HEIN MÃE NATUREZA? Tem gente aqui que ainda protege o meio ambiente e até pega piolho dando aulinha de educação ambiental pras criancinhas ranhentinhas, porém, fofinhas da roça.  Pô São Pedro, dá uma choradinha aí de cima, já iria resolver alguma coisa. O desespero tá tão grande pela referida e escassa chuva, que ando cantando desesperadamente todas essas musiquinhas com conteúdo praguento, que o povo nos esmurra se cantarmos em janeiro de praia, tipo aquela: "tomara que chova seis dias sem parar" e aquela outra: "chove chuuuuva, chove sem parar.." Do jeito que as coisas andam, to até prevendo o dilúvio que acontecerá depois que essa seca nordestina toda passar, porque nada mais nessa vida consegue ser equilibrado, nem mesmo a natureza. Chega a ser deprimente assistir "Cantando na chuva". Me emociono ao ver tanta água desperdiçada num filme e nós aqui, nessa amostra grátis de bordel abafado, só não choro com tamanha precariedade da situação atual, porque me falta água até nos olhos. 


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Nota criminalmente rápida

Eu poderia abrir um inquérito policial sobre o dia a dia de labuta. Primeiro que sou constantemente ameaçada por um membro do crime organizado que volta e meia, me lança aquele olhar maléfico de chefe da máfia e que um dia, com toda a certeza em mim inserida pelo cosmo, acabará me desovando em algum eucalipteiro ou vala qualquer dessa pequena piscina cheia de capivaras, chamada Paris-cidade-da-luz-aos-peixes-de-águas-escuras. O cara é realmente intimidador! Se finge de bom moço, oferece bolinho, mas na verdade é desses que espera a gente sair da sala pra então, com seus movimentos friamente calculados, numa atitude agressiva e planejada, dar aquele empurrão severo na pobre trabalhadora esforçada que sou eu. Tenho sorte por Deus gostar de mim e não me deixar cair e quebrar os dentes, ou bater com a cabeça na porta também degradada pelo vândalo em questão e acabar num coma profundo. Agora consigo finalmente entender o trabalho de pessoas como Clarice Starling, que sofre constantemente ameaças e é alvo dos truques psicológicos e psicodélicos utilizados pelo célebre Hannibal. Eu deveria ganhar um salário de FBI devido à tamanha periculosidade psicótica a qual estou sujeita diariamente. 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sobre as coisas que só acontecem em feriados.

Não bastasse o calor dos infernos, o trânsito macabro, o excesso de carro e acidentes nas rodovias, o odor inigualável daquela maldita fumaça preta emitida pelos caminhões/ônibus/lata-velhas que dão início a um novo aquecimento global por minuto, me irritando profundamente e me deixando com o estômago embrulhado, também há aquela multidão de pessoas estranhas e aleatórias que aparecem nos momentos mais WTF? possíveis. Vésperas de feriados são sempre a mesma coisa! É aquela alegria contagiante de pobre que vai farofar na praia, aqueles planos de sair de noite, beber todas e conhecer vários camarões estragados, aquele pensamento positivo de "vou ser atropelada no mar por um príncipe de jet ski" na melhor das hipóteses, e então você pega  a rodovia com aquele acúmulo desesperador de veículos e desce feliz ouvindo um pagodão, pensando apenas no sol que vai tomar. De duas, uma.. Ou você desce e cai aquela chuva resultado de dois meses de seca, ou faz aquele sol infernal, mas você por motivos femininos não pode entrar no mar. Depois de tanto queimar o pé na areia fervente, asfalto-amostra-grátis-do-inferno, se melecar no sorvete de um real que ficou cheio de areia por conta do vento quente e abafado típico de beira do mar, ouvir aquele povão cantando raça negra, não passar protetor e ficar dolorida pra caralho, você volta pra casa velha e alugada, dar aquele cochilo depois da macarronada com itubaína quente, pra de noite poder sair com seus amigos e compensar a desgraça matinal. Nove e meia e tá todo mundo arrumadíssimo e chiquérrimo com aquelas havaianas branca e azul no pé e shorts jeans com uma blusinha fresca. Desce um copo, vila uma latinha, desce outro copo, outra latinha e outra e outra e surge aquele primeiro sorriso de embriaguez e olhar  distante, quando você percebe que há um parquinho com brinquedos que te rodam e te deixam de ponta cabeça, como o kamikase, por exemplo. Alguns gorfam e já era, acabou-se a noite naquele momento, outros engatam de vez na bebedeira e vão bem loucos rumo à multidão alucinada. A cultura da noite se resume em:
"Chora que chora novinha chora, novinha novinha chora, novinha novinha chora..."
"É cinco mulhé pra cada dois hómi..."
"Ela não anda, ela desfila, ela é top, capa de revista..." 
Eu realmente acho que essas músicas na verdade são códigos enviados por extraterrestres durante alguma drug trip aos Mc's de plantão, que estão propagando esses sons alucinógenos para, na verdade, nos hipnotizar no meio da noite, no auge de nossa embriaguez e nos levar a fazer aquelas burradas intergaláticas. Já vi casos de pessoas hipnotizadas por esses sons alucinógenos que pularam no mar de madrugada pra trocar um lero com Iemanjá, também já fiquei sabendo de uma doida que tirou o vestidinho curto molhado e saiu correndo pela praia, uma outra vomitou na mesa de um bar chique, mas isso é história pra um outro dia. Em meio à noitada, as pessoas são divididas entre os que causam e os que cuidam, geralmente eu fico no grupo das que causam, não nego, mas dessa vez me deparei com um colega mutcho mais doidjo e fraco que eu. Estava ele, louco, devia ter tomado todas e brincado no parquinho, então desmaiou e gorfou e gorfou e gorfou, aí com todo o espírito de médica em mim inserido, levamos o pobre gorfado num kioske atrás de tudo e de todos, quase não evidente e vexatório. Aconteceram algumas outras coisas das quais não citarei , dentre elas uma passagem por umas loiras gostosas que possuíam narguilé. Por narguilé até eu as chamei de gostosas, mas o WTF da noite começou aí. Eu, com o cara vomitado e desmaiado e à espera do grande brother Samu, estávamos pacientemente bêbados e parados (ele sem escolha porque estava deitado-morto-vivo e eu sem escolha porque ele estava deitado-morto-vivo), foi quando um segundo rapaz também embriagado, mas que não deve ter chego no parquinho porque não estava gorfado (eu acho), sentou-se ao meu lado e resolveu desmaiar. Não sei, fico pensando nas mil e uma coisas que aquele infeliz aleatório deve ter pensado, como por exemplo: Oba, uma trouxa que já ta cuidando mesmo, vou me instalar por aqui também! Além de ter que cuidar de dois, um amigo e outro desconhecido, ainda tive que revezar entre os vômitos e pancadas que ambos levaram na cara numa tentativa falha de reanimação, foi quando um cara de cavalo apareceu. Sim, um cara de cavalo na beira da praia, às 3h30min da madrugada, dizendo que era de Paraibuna. Como assim aparece um cara do nada, de cavalo, dizendo que era de Paraibuna e de madrugada? Neguei, disse que o cara não era nada de Paraibuna e que era tudo fingimento. Não sei bem porque fiz isso também, mas nesses momentos é melhor não questionar muita coisa. O cara com cavalo se zangou e jogou o cavalo pra cima de mim! Sim, eu na praia de madrugada com dois desmaiados e o cara ainda teve a pachorra de mandar o cavalo me morder, seilá. Se o infeliz não tivesse com aquele bicho enorme, eu juro que jogava meu amigo gorfado em cima dele. Samu chegou e disse que não cabia o aleatório em seu camaro amarelo. Porra, como assim não cabia o cara aleatório que eu tinha cuidado com tanto amor e carinho e que agora estava com a cara vermelha de tanta bofetada? Não tive escolha, larguei o pobre estranho à dará apenas, porque Deus não tinha nada a ver com aquilo e como sabemos, a palavra dará é muito comum no vocabulário embriagaico, seja homem ou não. Levamos o amigo gorfado à casa do Samu (Santa Casa) que ficou muito bravo por sinal e entregamos o pacote à família decepcionada. Voltei quase 6hs com dor no pé, vomito no braço, cara de flagelada e com muito sono. Como toda trabalhadora que quer fugir da rotina À QUALQUER CUSTO, dormi pensando se daria praia no dia seguinte, porque eu sei, você sabe, nós sabemos que essas coisas só acontecem em feriados, e deles não abrimos mão! 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O mundo paralelo da terceira dimensão


Eu, descolada e gente boníssima que sou (traduzindo: sociopata e serial killer, que anda com um rifle imaginário), estive pensando sobre a terceira dimensão existente num mundo paralelo. Sim, porque se você pensa que só existe o “aqui e agora”, saiba que estás redondamente enganado, meu caro! Nós vivemos essa eterna sucessão de fracassos, vexames e martírios desse plano infeliz que estamos denominado Terra, porque nascemos com o orifício virado pra qualquer muquifo transcendental que não fosse a Lua, e demos um azar tremendo, pegamos o pior plano para viver. Se você acha que sua vida está ruim, que você não passa de um mal amado, avulso e pé rapado, acredite, sua vida está mesmo num balde de fragmentos saídos de um orifício sem dono e não irá mudar até que você mude, mas o interessante mesmo desse realismo verídico dotado de vida de merda, é que na terceira dimensão supracitada, a vida é ótima. O mundo pra início de conversa, lá é rosa para as meninas (e alguns meninos) e azul para os meninos (e algumas meninas), portanto, se você tem algum problema de nascimento, talvez aquele tombo de cabeça que tomou quando saiu da pitchorréia de sua mãe que acabou desencadeando algum problema sério com as cores rosa e azul, já não pense em se transgredir para a terceira dimensão, porque lá tudo mesmo é rosa ou azul, inclusive as árvores e as canetas (as pessoas escrevem com caneta azul no mundo rosa e com a caneta rosa no mundo azul para poder enxergar com perfeição). Na terceira dimensão, a vida flui bem. Além das diversas tonalidades de azul e rosa, os vizinhos são ótimos uns com os outros, os cachorros nunca fazem coco naquele lugar que você com certeza irá pisar com seu salto agulha novíssimo e caríssimo, os gatos não ficam se esfregando eroticamente em sua perna, trazendo aquele pequeno transtorno carnal e desconforto sexual, não existe guerra, todas as pessoas se ajudam, a maconha varia entre rosa choque e azul anil, olhos não ficam vermelhos nunca, você tem várias motos e é bem sucedido. Não existe como ser fracassado na terceira dimensão. Além de você ter muitas casas, carros e um excelente trabalho, não existe corrupção, nem tráfico, ninguém rouba porque todos são igualmente ricos e educados, uns amores. Falando em amor, nesse mundo paralelo, todos tem um único amor pra vida inteira, e todos, preste a atenção, TODOS OS HOMENS SÃO LINDAMENTE E GOSTOSAMENTE IGUAIS, as mulheres também, evitando aquele risco de você se deparar com uns músculos a mais passando pela calçada e largar seu bofe (não tão bofe quanto o outro) pra trás. Lá a história de "almas gêmeas" realmente acontece, por não existir competição de beleza ou gostosura já que todos são iguais fisicamente, as pessoas não se separam nunca e o casamento é a instituição mais rica de todos os tempos. Não existe vexame na terceira dimensão, se um bebe, todos bebem a mesma quantia e dependendo da proporção de álcool no sangue, fazem sempre a mesma cagada, levando todos a ficarem deboinha, ou a terem amnésia alcoólica depois de uma noite de vexames, sem lapsos de memória, não havendo dessa maneira, qualquer discórdia ou ressentimento. Até as brigas são ótimas e bem humoradas praquelas bandas.  O termo "ressaca moral" é inexistente nesse mundo, não há julgamentos, tudo que você fizer vai ser lindo e uma forma de aprendizagem, as pessoas são evoluídas ao máximo e possuem seu próprio fone de ouvido com potência ensurdecedora e com programa de comprimir o som apenas para seu dono, fazendo com que ninguém tenha que ouvir o batidão recalcado do colega popozudo. Se você ainda não sabe, existe um de cada um de nós vivendo no universo paralelo situado na terceira dimensão e fique puto, lá você vive otimamente bem enquanto aqui... Ah meu caro, aqui vivemos naquele eterno balde de vômito do amigo que gorfou no seu pé.  

No meio do caminho tinha uma preguiça..

A minha preguiça, típica de cotidiano cansativo, é tanta que ando atraindo preguicinhas por aí. Hoje, depois de ter que acordar 6hs da manhã pra ministrar educação ambiental numa escola far far way, mas que eu não ligo porque adoro a criançada (dormindo, claro) depois de também ter descido de moto com uns -10ºC, e depois de ter fundido um motor de um carro oficial (óbvio que eu não era a motorista) e ter sido guinchada até meu local de trabalho com aquele barulho de ambulância incessante na frente de um velório em atividade, saí fugida com um colega de trabalho excepcional e fui visitar um piscicultor. No caminho, eis que surgiu a tal preguicinha-top-model esparramada num pasto, coitadinha. Efetuamos o resgate da pequena colega com estilo de vida semelhante ao meu. Seguem as fotos da popstar! 

 Fazendo pose de preguiça assanhada.

 Piscadinha para seus fãs.

Tchauzinho de miss.



Obs: Todas as fotos aqui inseridas, contêm seus direitos autorais de Preguiça importante.