terça-feira, 30 de abril de 2013

Do único e velho passado.


Depois de um desses traumas cabeludos, que te distorcem a alma e embriagam o coração, ficamos à mercê de qualquer situaçãozinha xoxa que possa nos remeter qualquer sensação falsa de novo. Demora! Perdemo-nos ainda mais, nos desfazemos de nós mesmos, deixamos ir aqueles que nos levam diretamente a um pretérito dolorido, fingimos sorrisos, esbanjamos gargalhadas que internas escorrem pelos olhos molhados; usufruímos das lorotas mais inebriantes de amor. Ahhhhh, essas lorotas sobre como estamos contentes! Revemos fotografias felizes quando sós, sem expor nossas armaduras adquiridas pelo tempo. Relembramos, sofremos, choramos, relembramos mais um pouco, doemos, ardemos, deitamos e pensamos, pensamos, pensamos. Então paramos de relembrar, de doer, de arder, de pensar, de viver. Simplesmente paramos e começamos outra fase, fase esta do amor próprio, da autossuficiência, dos egos aflorados, das novas experiências, dos risos exacerbados, dos rostos afobados e do jamais esquecido "esquecimento de fato".

 "É desconcertante rever um grande amor..."

sábado, 6 de abril de 2013

Do sentimento mais nobre.


Levou tempo até que eu percebesse que o amor não é uma droga, mas sim uma dádiva. Eu, imersa nesse oceano de desilusões que me sugaram até as últimas energias, vivi por tempos excomungando o pobre substantivo abstrato, concreto, discreto, literato. Hoje percebo que de pobre, amor não tem absolutamente nada, rico são aqueles que conseguem amar a tudo e a todos, não há nada mais belo que a distribuição gratuita de sorrisos, abraços, carinhos, amassos sem interesses ou pretensões. Ter amor no coração, na mente e na alma é viver em paz e harmonia no dia a dia, com calma.  


"Quando não tiver mais nada, nem chão nem escada, escudo ou espada, o seu coração acordará!"