segunda-feira, 23 de julho de 2012

Grozop




(Texto destinado à você que já esteve sobre o efeito "grozop")

Não vou negar, nesse momento estou totalmente engrozopada e meio que vejo o mundo girar, girar e girar descolorido, por mais que o sol tenha raiado (sol sacana que só raia quando eu tenho que ir fazer vistoria a pé com 1873287219 blusas e volto com o rosto ao estilo menstruação: vermelho e molhado). Meu dedo também não anda acompanhando o raciocínio da minha mente, talvez não seja isso, eu to crente (não do rabo quente) de que são as letras do teclado que estão mudando rapidamente de lugar só pra me sacanearem e me pregarem uma peça. Tipo as peças babaquinhas que aquelas amigonas legais fazem com você quando se têm muito álcool na cabeça e se tá concentrado pela décima terceira vez em uma música, onde seus sinais de concentração são semelhantes aos de um derrame (olho parado e pequeno centrado na tela do monitor, boca torta balbuciando a ultima letra do verso da musica e aquele continuo balanço de Mariazinha de posto, com aqueles braços abertos, fazendo aquele movimento incentivado por um tubo de ar: 
“ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~ “ 
É quando toda essa empolgação quase mongoloide e derramática é brevemente interrompida pelo MUTE que cisma em ocorrer nas melhores partes da música, levando aquele estado cósmico à imediata explosão de raiva e medo por não existir possibilidade daquela porra de televisão parar a porra da música do nada, a não ser que tivessem espíritos nela, mas nem espíritos e nem as tais amigonas legais nunca assistiram Amélie Poulain, então até agora não sei qual o tipo de inteligência rara pairou sobre as célebres cabeças que me sacanearam inteligentemente, mas enfim, isso não vem ao caso. Acho que eu tava falando sobre a grozopisse que me pegou de jeito hoje, não sei bem, o mundo ainda ta girando mesmo com a breve lembrança da música no mute, eu tento reler a postagem e a sensação é a de eu ter caído de cabeça num prato cheio de sopa de letrinhas que se movimentam pela minha cara formando palavras gentis e educadas, tais como: ~~L~O~SER~~ entre o vai e vem da água suja em que a mesma se concentra, perpassando pelas ondas quase tsunamis que eu percebo no prato, e letras como o L e o A surfam continuamente entre as ondas radicais ~~~~~ plagiando toda a propaganda dos cereais (ATENÇÃO, COMPREM AS NOVAS SOPAS DE LETRINHAS RADICAIS MATINAIS, ENERGIA QUE DÁ GOSTO, COMA DUAS EMBALAGENS E VIRE UM SURFISTA PROFISSIONAL) -//- Juro que já não sei mais do que eu to falando.........................
Foi mais ou menos assim que começou: Ontem antes de dormir eu tomei um remédio do meu irmão (ao mencionar as duas palavras: “remédio, irmão” presume-se que a coisa já não seja boa e que o efeito da coisa seja pior ainda), pois bem, tomei um dos comprimidinhos de gente pancada do meu irmão, e deitei pra dormir. Rolei de um lado pro outro, às vezes eu via algumas coisas flutuarem, às vezes eu achava que tava sonhando, mas tenho certeza de que estava acordada e de que as coisas estavam flutuando, inclusive eu. Na minha mente tava aquele maldito Mr. Punch, do livro que eu recentemente mencionei com muito amor e carinho por aqui (livro filho da puta com um gnomo grotesco e assustador que leva o nome do meu blog, por isso comprei) e talvez as coisas flutuando fossem os fantoches que morrem espancados no livro (Sim, num livro infantil, fantoches morrem espancados pelo tal do Mr. Punch do inferno).  Dormi visualizando aquelas coisas medonhas e acordei atrasada e desesperada com a cabeça repleta de apenas um pensamento com duas palavras: PEIXE E FRANGO, eu não podia esquecer de jeito maneira o tal do frango e peixe escondido que eu fiz no dia anterior pra levar pro trabalho (talvez as coisas flutuantes até fossem peixes e frangos, não me lembro bem). Peguei o peixe e o frango e trouxe, deixei lá pra alguém assar, mas meu grozop não tem nada a ver com o peixe e frango. Saí vistoriar um posto, andei muito, tropecei 495 vezes, quase bati de cara em 5 árvores e quase morri atropelada 3 vezes, to totalmente grozopada e com vontade de fazer xixi pela quarta vez só hoje, deve fazer parte da grozopisse ter a bexiga estourando, seilá. No momento eu também ouço uns frangos e uns peixes sussurrando: ”assassina” no meu ouvido, como se eles me assustassem. Frango e peixe não são animais assustadores, aliás, peixe e frango nem falam pra início de conversa... Deve ser efeito do grozop, também escuto Chico cantando “Roda Viva” no computador da frente que ta desligado e fora da tomada, intercalando entre os diversos “assassina” “roda moinho” “roda viva no moinho e morra, assassina”... (8) já não sei o que eu to escutando ou falando outra vez, só sei que ta tudo muito estranho, muuuuuuuuuuuuuito estranho. O dia realmente não parece um dia normal de terráqueo, talvez as coisas flutuantes que eu vi fossem extraterrestres que me abduziram e me colocaram no reality show deles, nomeado: “The man who survived”  e nesse momento tão rindo da minha cara de humana azeda. Talvez todas essas minhas miragens sejam eles enviando dicas ou me sacaneando mesmo, tipo as letras na sopa de letrinha que formaram o ~~L~O~SER~~~~  às vezes esse é um sinal, não sei, seilá... já não faço ideia do que eu esteja falando outra vez. Não to sabendo mais nada, nem vendo mais nada, nem ouvindo mais nada a não ser a musiquinha dos frangos/peixes misturados com Chico na voz do Mr. Punch,  mas isso cura rápido, se não passar em uma semana de desintoxicação por grozop, vai passar em um mês de estadia no Francisca Julia. 


  

Um comentário:

  1. This should all be the effect of hard work coupled with medication black stripe added to your unconsious disturbed by unpleasant memories of a children's book. But as you said, nothing that a month's stay at Francisca Julia can not solve. Kisses and Improved!

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