sexta-feira, 29 de junho de 2012

Quando a dor não mais te corta (Uma nota para Ana)



Estranho mesmo é ver tanta dor, tanto ressentimento, tanto angústia, tanto ardor nos olhos de outrem. Funciona mais ou menos assim com o amor, ou você tem ou não tem, e quando você tem demasiadamente esse mesmo que não seja o próprio, você conseqüentemente alimenta um possível futuro rancor que ainda não chegou, mas chegará e será tão brutal quanto o ópio. É fatídico o tal, tão fatal e tão normal, que foge do real, te condiciona ao estado irracional, em segundos te transforma em imortal e logo em seguida te rasga num corte frontal e exposto, desses que dá tamanho desgosto que traumatiza, passa dia e dia e sua dor não ameniza, só piora e você implora pra que ela vá embora.
Um dia vai, e você pensa que estranho mesmo é ver tanta dor nos olhos de outrem, essa mesma dor que já muito sentiu e que hoje não mais tem. No lugar apenas um “porém” de dúvida questionadora: Então não sou mais refém?
Vem, sente esse alívio pequena, que como diziam outros, desespero nunca resolveu problema!

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