segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Em 1ª Pessoa frustrada e cansada.

Acontece que não ouve um sábado de sol feliz! Após aquela noite maquiavélica e em terceira pessoa deprimida, dormi para afagar o conflito existencial, e depois de várias horas me contorcendo dentre os pesadelos com arco-íris do mal, acordei. Como eu ainda estava só, não pensei duas vezes. Juntei apenas o que me seria útil nessa fuga descompassada (bombinha, cartão de crédito - que é transparente e brilha, mas que de FREE mesmo não tem absolutamente nada, já que me cobre mensalmente uma fortuna-, celular que já não possuía nem o pontinho da piedade de bateria, chapinha  (também não sei pra quê, se choveu), documento da Gertrudes/Queen of Drama/ Pérola Negra - minha moto) e saí com chuva mesmo. Até pensei em colocar aquelas sacolinhas de supermercado amarradas no tênis  como todo motociclista brega, mas o bom senso exigiu que eu deixasse molhar, afinal, seria uma chuvinha de nada - pensava eu iludida.   
A Ilusão é uma inconveniente em qualquer dos sentido que ela possa vir à calhar. Como ela não me pega de jeito nenhum no quesito amor, eis que a vagabundinha me arrebatou no quesito tempo. Já tinha planejado tudo depois de todo o Chico escutado na sexta... Choraria, dormiria, acordaria, partiria e assim foi, exceto pelo fato da neblina demasiada, pista escorregadia, chuva fortíssima e minha recém habilitação. Em alguns momentos na serra só faltou eu descer da moto e ir empurrando-a, mas me privei desse vexame e decidi ir sim à 10km/h nas curvas, nem sofro. Quem sofreu e bastante foram os carros atrás de mim, devo ter sido mandada pra inúmeros lugares criativos diferentes, causei um pequenino tráfego mas nem ligo, fui de acordo com as plaquinhas que indicavam que eu estava certíssima e que deveria mesmo ser uma lesminha. Cheguei (ufa), dei uma respirada de alívio, agradeci a Deus e as outras entidades/cosmo que me guardaram. Fui ligar pra genitora e avisar que a filhotinha havia chegado, já que não se encontrava nem vestígios de família também no litoral. Pô, alguém tava de sacanagem com a minha cara, fugi em condições inusitadas da roça pra não me sentir tão mais abandonada familiarmente e então chego na praia e estou novamente só? Nem Macaulay Culkin era tão renegado assim, ele ao menos tinha ao Jackson. Fiz o que todo recém habilitado com moto faz ao chegar de uma viagem tensa e molhada, fui dar voltas no centro e comer. Por incrível que pareça, não contente com a viagem tranquila, eis que a Gertrudes/Queen of drama/Pérola negra deu pra cair parada na calçada enquanto eu, sentada tranquila, comia meu pastel de SEIS reais. Deixei que ficasse caída ali, afinal, tinha pago SEIS reais no pastel... Óbvio que eu comi até meu dedo e lambi a mesa. Cheguei em casa ainda vazia, coloquei uma bermuda estranha e de mau gosto do meu irmão e assim fiquei pra sempre já que não havia possibilidade de sair farrear e me embriagar até altas horas devido ao delúvio que se misturava com o mar (nada morto). Sério, foi extremamente frustrante e decepcionante o fato da ignorância e sentimentalismo terem se apossado de mim e me fazerem descer sozinha, de moto, com chuva. Depois que os célebres desaparecidos pertencentes ao meu trio familiar chegaram, não ouve nada demais. Ficamos assistindo televisão todo o tempo, me estressei com o cachorro fedido e porco chamado Rafael e com o cachorro fedido e folgado chamado Zeus, a cor que peguei foi apenas o avermelhado de raiva, mas esse já é natural em mim. Gripei, não descansei e mesmo assim consegui gastar dinheiro. Me pergunto até agora que diabos eu fui fazer praquelas bandas, porque agora a bad trip  voltou com tudo e só me resta mais uma vez colocar Chico no último e espirrar até dormir, sem ousar planejar mais nada além de uma boa noite de sono. (De preferência, sem arco-íris do mal). 

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