sexta-feira, 17 de maio de 2013

De volta às velhas tragédias nada cômicas.

Não sei, mas to com a pequena impressão de que o universo acordou meio extremista com a minha pessoa nessa manhã! Eu, tu, ele, nós, vós, eles, elas, o vizinho delas, o tio do vizinho delas, o avó do tio do vizinho delas, sabemos que é fato consumado o tal bullying que eu venho sofrendo por parte do cosmo de uns dezenove anos pra cá, mas tem dias, que olha, vou te contar, não é fácil. Hoje acordei cedinho pra pegar aquele ônibus vinte estrelas negativas da litorânea, que mais parece uma orgia enroupada e ir para a cidade grande, cidade dos campos sem campos, a fim de rever os coleguinhas de ensino médio, porque de uns tempos pra cá, a crise ensinomédica tá batendo forte em mim, junto com a babaquisse a ela anexa. Passei uma manhã adorável, com amigos queridos que não via há tempos, revi aqueles meus professores amados que já muito me reprovaram, os abracei forte, forte, forte, mas de maneira nenhuma eu queria expremê-los até que o cérebro explodisse, magina, eu os adoro eternamente. Tive uma linda surpresa ao rever uma estrelinha de luz mais conhecida como Otávio-mascote do terceirão B, um anjinho lindo que Deus nos deu. Foi lindo, um dia de sol, quente, gostoso, colorido, tranquilo, que acabou me direcionando à minha perdição financeira, porque como se já não bastasse eu empobrecer até dentro de casa com uma péssima internet, eu sempre teimo em ir semanalmente ao shopping, aquele capiroto que pratica extorsão com a minha pessoa, inconscientemente.  Malditos sejam os centros comerciais e foi aí que tudo começou. Ao que me parece, minha companhia adorada levou consigo toda a minha sorte do dia quando resolveu me deixar naquele lugar que me possui e possui meu dinheiro, possui meu não dinheiro, possui meu cartão de crédito, de débito, mesmo que ambos estejam negativados, ou seja, fui deixada sem rédeas naquele lugar da possessão e claro, acabei me encantando por coisas desnecessárias, das quais eu senti aquela necessidade grotesca de levá-las para minha casa. Dessa vez tive em minha posse dois adesivos enormes daqueles que se enfeita paredes e dei aquela paradinha básica na loja com mais utilidade e multifuncionalidade já inventada, a tal Americanas. Como minha faculdade retorna segunda, tratei de pegar um caderno (barato, ufa, porque perdi -NÃO SEI COMO, O MALDITO EVAPOROU- aquele caderno na rua), e coisas simples que somem na segunda semana de aula, como borracha, lápis, caneta, sua vida, sua casa, prédio, sua mãe e seu unicórnio. Resolvi então me mandar daquele center-usurpador, pensando naquele lindo dia lá fora e naqueles lindos adesivos na parede do meu quarto, quando me deparei com o apocalipse e juízo final em forma de chuva, raios e trovões. Todos, inclusive aquela lista inicial, sabem que to vivendo uma fase financeira difícil de universitária e dependo de ônibus, então encarei São Pedro e comecei a correr e correr e correr até eu me lembrar que minha bombinha havia acabado, então era melhor eu andar mesmo porque a saúde aqui é pior que a do Jaiminho carteiro. Fiquei molhadinha, somente molhadinha até um filho de mulher sexualmente desbravadora me transformar em dilúvio com seu carrinho fubá. Desgraçado, tinha mais água em mim do que no Nordeste (não que isso seja difícil - mentira, nada de humor negro por aqui), e minha sacola com meus preciosos adesivos e materiais graduantes estourou. Rodou adesivo, material, mãe, unicórnio pra todo lado, e eu fiquei com meus braços iguais aos de boneco de posto pra tentar pegar tudo. Peguei, enfiei material em tudo quanto é bolso, até onde não devia e corri para o ponto antes que aquela minha encarada em São Pedro se tornasse um raio no meio da minha testa. Cheguei no ponto e uuuuuuuuuuuufa! Ufa é o caralho, consegui derrubar tudo de novo e enquanto digitava uma sms rapidamente pra não perder o bus, coloquei o idioma em Chinês, isso mesmo, comecei a enviar mensagens adoidadas em chinês e eu realmente quis chorar nesse momento, porque eu assumo, sou noob e péssima com tecnologia, nunca que eu iria ter a capacidade naquele momento constrangedor de descobrir como desativar o Chinês das sms do meu celular não tão novo ou tecnológico assim, então, trabalhada no flagelo, com olhos pretos de rímel escorrido pela chuva olhei pro céu por uns instantes e me perguntei o Porquê! Mas olhei rápido antes que eu também perdesse o ônibus e tivesse que ficar mais uma hora por ali, porque uma coisa é fato, após anos de experiência, eu finalmente aprendi que tudo pode mesmo piorar e é melhor não abusar nem do azar. Perdi o caderno, perdi a saúde, perdi a dignidade, mas não perdi o bendito ônibus e é justamente por isso que o cosmo é extremista, mas às vezes ele dá aquele onibusinho da piedade e ufa, hoje o onibusinho foi pra mim. 

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