terça-feira, 30 de abril de 2013

Do único e velho passado.


Depois de um desses traumas cabeludos, que te distorcem a alma e embriagam o coração, ficamos à mercê de qualquer situaçãozinha xoxa que possa nos remeter qualquer sensação falsa de novo. Demora! Perdemo-nos ainda mais, nos desfazemos de nós mesmos, deixamos ir aqueles que nos levam diretamente a um pretérito dolorido, fingimos sorrisos, esbanjamos gargalhadas que internas escorrem pelos olhos molhados; usufruímos das lorotas mais inebriantes de amor. Ahhhhh, essas lorotas sobre como estamos contentes! Revemos fotografias felizes quando sós, sem expor nossas armaduras adquiridas pelo tempo. Relembramos, sofremos, choramos, relembramos mais um pouco, doemos, ardemos, deitamos e pensamos, pensamos, pensamos. Então paramos de relembrar, de doer, de arder, de pensar, de viver. Simplesmente paramos e começamos outra fase, fase esta do amor próprio, da autossuficiência, dos egos aflorados, das novas experiências, dos risos exacerbados, dos rostos afobados e do jamais esquecido "esquecimento de fato".

 "É desconcertante rever um grande amor..."

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