Depois de um desses traumas
cabeludos, que te distorcem a alma e embriagam o coração, ficamos à mercê de
qualquer situaçãozinha xoxa que possa nos remeter qualquer sensação falsa de novo.
Demora! Perdemo-nos ainda mais, nos desfazemos de nós mesmos, deixamos ir
aqueles que nos levam diretamente a um pretérito dolorido, fingimos sorrisos,
esbanjamos gargalhadas que internas escorrem pelos olhos molhados; usufruímos
das lorotas mais inebriantes de amor. Ahhhhh, essas lorotas sobre como estamos
contentes! Revemos fotografias felizes quando sós, sem expor nossas armaduras
adquiridas pelo tempo. Relembramos, sofremos, choramos, relembramos mais um
pouco, doemos, ardemos, deitamos e pensamos, pensamos, pensamos. Então paramos
de relembrar, de doer, de arder, de pensar, de viver. Simplesmente paramos e
começamos outra fase, fase esta do amor próprio, da autossuficiência, dos egos
aflorados, das novas experiências, dos risos exacerbados, dos rostos afobados e do jamais esquecido "esquecimento de fato".
"É desconcertante rever um grande amor..."