quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

No fuck'n problem at all! (Retrospectiva Doismiledozica)

Ano passado minha vida tava uma merda, eu me sentia uma merda, tudo era uma grande merda, foi quando o cosmo ficou com pena da grande merda que era eu e resolveu me roubar uma unha! Na virada do ano passado pra esse ano, saí como de praxe e enchi minha cara como de praxe, Também não me lembro da minha virada, como de praxe, o que tenho são alguns flashes de memória com o episódio da Iemanjá o qual já foi tragicamente blogado anteriormente (Clique e leia). Sei apenas que no dia seguinte, quando fui verificar se tudo se encontrava no lugar, se eu não havia deixado algum pertence para trás ou se eu possuía algum novo hematoma, me deparei com uma de minhas unhas faltando, isso mesmo, me faltava uma unha no pé e aquilo estava no vivo, apenas carne e sangue, nem sinal de unha (nesse instante me veio à cabeça todas as roídas de unhas já efetuadas por mim ao longo de minha vida e me arrependi profundamente de ter desperdiçado as tais.) Depois de muito me desesperar, fazer um fuzuê, ficar pra lá de bagdá, tomei ciência de que precisava limpar aquilo e vi estrelinhas enquanto uma sábia amiga tentava me arrancar brutalmente aquele resto de pedaço de unha da piedade que estava pendurado em meu dedo, me causando náuseas e desconfortos visuais, foi quando a mesma sábia me  contou que em reinos distantes, ouvira uma história um tanto quanto interessante, que dizia que quando se perdia uma unha na virada do ano, a vida de repente se transformava e mudava pra melhor já que tudo de ruim ocorrido em anos passados iria embora com a tal unha. Mandei ela ir à merda! Janeiro passou aos trancos, cambaleios e barrancos e em fevereiro, vestígios de unha perdida finalmente começaram a aparecer em outra forma, é como se o espírito da unha que morreu viesse pra mudar de fato minha vida, mas isso é tudo besteira, unha não tem espírito. A queda da unha de repente pareceu fazer algum sentido, já que a merda toda de ano que passou foi pra algum ralo cósmico e inanimado e rodou sem se espalhar nem um pouco em algum ventilador que pudesse aparecer. Foi ótimo, minha vida começou a fluir, a merda se esvaiu, uma nova unha começou a crescer e desde então, coisas ótimas ocorreram  fazendo desse 2012 um ano de alívio entre tantos anos de pura merda que andei presenciando. Talvez o lance da unha, mesmo que invetado por alguma amiga com dó, seja no fundo verdadeiro, ou então não passou de uma puta e agradável coincidência. To até pensando em perder mais unhas nessa virada para 2013! Que venha outro ótimo ano agradável, de cabeça e coração aberto para minha mais nova aventura de fuga para o Mato Grosso! Bons ventos para todos nós e de preferência, ventos bem gelados lá pra minha mais nova terra! 

sábado, 15 de dezembro de 2012

Vida frenética e calma de universitária sem jeito.

Não faz nem um mês que estou por aqui e já me sinto nativa dessas terras ricas! Andei me acostumando tanto com os "guris", "moça", "uai", "saca", "pensa", "boto fé", entre outras expressões utilizadíssimas pelos mato-grossenses que vez em outra, solto uma frase pronta e infestada de centro-oeste, tal como: "Uai guri, não boto fé que você não se arrumou ainda moço, tá na hora já, saca?" (Mentira, nunca que eu ia falar uma frase dessas no dia a dia.)  Minha vida anda num ritmo meio frenético, não de dia porque quando não tenho aula, fico vegetando dentro do meu quarto com o ar ligado, acho que daqui cinco anos quando voltar pra minha terra paulista, ainda não me acostumarei com o clima da minha segunda terra mato-grossense! Sempre fui meio desenfreada, desajuizada, mas aqui to levando vida de gente grande que tem que cozinhar pra comer, limpar a casa, comprar água e gás, mas isso só na teoria, porque se for pensar na prática, é relevante eu mencionar o fato de que fiquei uma semana com a casa imunda, sem roupa limpa, sem água, sem gelo e sem comida, foi uma semana de muito sol e em semanas de muito sol, prefiro ser vampiranha e morcegar dentro de casa. Também já me acostumei com a vida de caloura empreguete, levo bandejas e sucos pros veteranos numa boa, também os sirvo em festas sem pestanejar, e mesmo sendo caloura aplicada tomei uma trotada sem igual, meu trote foi tenebroso. Se meu cabelo pudesse falar, ele certamente iria querer desabafar sobre como ultrapassou seus limites de cabelo, quebrou barreiras, e sobreviveu ao trote, mas ele diria isso ao seu psicólogo, após um ano de terapia pós trote. Tinha farinha de trigo, café, cinquenta tons de tinta, ovo podre, mais farinha, mais tinta que  bonitamente nos customizou pra um ritual de magia negra, onde meus veteranos fizeram um pacto com o diabo e baixaram espíritos de gente porca com banana podre dentro da blusa, após o banho numa piscina de lama com frutas bichadas e escuras que atraem a atenção de qualquer mosquito ou urubu. Não sei como não fui carregada por um urubu após o término do meu trote que também envolveu tomar ovo e cuspir de novo no copo para o próximo tomar (fui uma das últimas, então aturei cuspe da turma inteira com gema que já tava branca, mas não gosto de pensar sobre esse momento, me deixa meio suicida!). Apesar de todo o recalque e flagelo à qual estive sujeita nesse momento de vingança de meus veteranos, me diverti horrores e ri à beça da minha própria desgraça, porque eles daqui não sabem, mas já tenho uma certa experiência em transformar minhas tragédias em comédias e comédias em tragédias, esse blog não me deixa mentir, então fui com tudo chupar banana com catchup, procurar halls com a boca num pote de farinha que estava no chão e achei interessante, agora compreendo o porque de tanta raiva no coraçãozinho desses meus veteranos, eles também já passaram por isso. To feliz, to feliz à beça, to feliz demais, é tanta felicidade que tenho medo de dizer demais e ela acabar! Antes tava com medo de deixar a estabilidade da minha vida que mesmo desenfreada, era profissional, mas agora tenho plena consciência de que se eu estou aqui, é porque é pra eu estar aqui, não se pode ir contra o destino, ou o cosmo. Por enquanto larguei um pouco a mão de escrever sobre minhas festas e ressacas, mesmo que aqui tenha festa todos os dias e eu tenha ressaca todos os dias, causo bastante por essas bandas também, esse é um karma daqueles que gruda mais que a banana podre do trote, mas é uma causada suave, sem muitos constrangimentos, tudo muito tranquilo! Resolvi mudar, agora sou uma Bárbara mais controlada, menos pegadora e mais estabilizada. E que seja assim até meu próximo capote de cara numa desilusão que me faça voltar a lamentar e rir de minhas tragédias. Agora vou nessa porque um churrasco me chama! Fui.


sábado, 1 de dezembro de 2012

Devaneios numa tarde quente. (Pra não perder o costume! )

Acho que finalmente to no lugar certo por mais que isso não faça o menor sentido. Detesto calor (sempre detestei), detesto matemática (vou fazer engenharia), mas é estranho como as coisas parecem estar onde deveriam estar... à começar pelas pessoas. Uma coisa que raramente já me ocorreu, vem acontecendo com uma certa frequência nessas terras mato-grossenses... To cercada de pessoas excepcionalmente familiares. É como se eu já conhecesse a maioria, só não lembro de onde! Essa sensação é tão surreal que dá início à uma série de questionamentos que antes ficavam vagos no ar, sem exemplos práticos, como por exemplo a pergunta que não cala: será mesmo possível um reencontro de espíritos de outras vidas? Essa sensação não chega a ser ão forte à ponto de eu afirmar que fui irmã ou tia de alguém que conheci há menos de uma semana, mas a sensação de que eu conheço de antes algumas pessoas é tão forte que passei uma noite inteira tentando pensar se haveria alguma possibilidade de eu já ter visto tais pessoas, só que não né, aqui é Mato Grosso e eu sou de SP. Parece tolo, mas de vez em quando penso que talvez seja o tal destino agindo sobre a gente, nos colocando na estrada que deve ser seguida e esses flashes de memória de algo improvável, somos nós identificando o "caminho certo". Dizem que o tal dejavú é basicamente isso, a cena que a gente tem a impressão de "já ter visto antes" é o nosso reconhecimento de que estamos no lugar certo.  Deve ser por isso que fazem séculos que não tenho um dejavú, é impressionante a minha habilidade de estar sempre no lugar errado, na hora errada, mesmo que eu esteja no lugar certo. Pode ser que como sempre eu esteja falando bobagem, não estudo religiões ou ciência e nem tenho interesse, só digo o que eu penso e esse pensamento tinha que sair da cabeça e vir pra uma página do word, ou iria acabar me endoidando. Acho que se for pra ser, vai ser e se não for, fazer o que!



31/07/2013 - Não foi, se deu mal sua lesa!